domingo, 15 de junho de 2014

Dois

Abro os olhos.
Dois pássaros voam em sintonia com o céu,
e desaparecem nas nuvens.
Olho absurdamente sensível pro oeste. 
O sol, devagar, se esconde entre as montanhas.
Tudo é tão precioso, que não pensaria em contemplar outra coisa, 
senão o horizonte.
Mas algo me chama...o que seria mais importante que o horizonte? 
E então, sinto o toque suave de suas mãos sobre meu rosto. 
Sinto o cheiro dos meus sonhos. Fecho os olhos, e sinto tudo...
mas logo abro, e me confundo, pois estava certo de que tudo 
aquilo era um sonho. 
As curvas do teu corpo, os teus lábios, teus olhos que me 
enxergam no fundo da alma...eu te toco, pra conferir a realidade. 
E me surpreendo: É real. Eu sinto que nada pode me atingir, 
e valorizo cada segundo daquele momento. Fazemos parte da paisagem,
somos donos do horizonte. Os olhos ainda estão abertos, porém pequenos, 
pois o largo sorriso que ganhei no rosto se torna fácil de compreender. 

Dois pássaros ainda voam no céu, sem se preocupar onde vão parar...


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