Sem pressa, o vento vai.
Desarmando-me completamente,
teu sorriso.
Estou entregue.
Acompanho o vento, sem rosto.
Sem forma. Puro.
Deixo-me fluir, nas correntes
de água que passam entre uma ponte e outra.
O teu orvalho fica em mim, limpo e cristalino,
como a manhã de primavera.
As folhas secas caem, lentamente, sobre
o que nunca foi.
A árvore do passado se desmorona,
com a suave brisa que passa dançando
entre meus pensamentos.
A melodia deslumbrante que existe no agora,
é composta pelos teus toques, que se expandem
dentro de mim e de toda a imensidão que lá existe.
Todo o espaço criado flui,
e eu acompanho,
na valsa.
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