quarta-feira, 9 de julho de 2014

Valsa

Sem pressa, o vento vai.
Desarmando-me completamente, 
teu sorriso.
Estou entregue. 
Acompanho o vento, sem rosto. 
Sem forma. Puro.
Deixo-me fluir, nas correntes 
de água que passam entre uma ponte e outra.
O teu orvalho fica em mim, limpo e cristalino,
como a manhã de primavera.
As folhas secas caem, lentamente, sobre 
o que nunca foi.
A árvore do passado se desmorona, 
com a suave brisa que passa dançando 
entre meus pensamentos.
A melodia deslumbrante que existe no agora, 
é composta pelos teus toques, que se expandem 
dentro de mim e de toda a imensidão que lá existe. 
Todo o espaço criado flui, 
e eu acompanho, 
na valsa.








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