sábado, 15 de fevereiro de 2014

Vem D'aval.

Cabeça nas nuvens, num céu nublado.
A tristeza não entrou pela janela, bateu na porta. Deixei entrar.
Delicadamente acariciou meu peito - dor.
Fui lá pra dentro de mim e observei aquilo tudo. Foi de embaçar a visão.
Senti um certo prazer na melancolia da chuva, nas nuvens acinzentadas. 
E não havia nostalgia, não havia saudade, não havia nada.
A tristeza - que já me conhece - foi embora. Ela sabe que não dura muito.
Agora era eu dentro de mim, num vazio pós tristeza, pairando no ar,
deixando se quer alguém notar - nem mesmo eu sabia de mim.
Me fui embora, e escorri minha alma pelo ralo. Saí de dentro de mim, e me preenchi de música.
Agora minha alma dança. 
Desconheço os passos, cada ensaio é uma surpresa. Cada surpresa é
um ensaio do que virá. Então eu deslizo, percorro o infinito e volto.
Vou deixar a porta aberta, pra o que vier entrar. 
Só deixa eu voltar naquele corredor pra buscar meu coração

Que esqueci sangrando

No escorrer dessa canção.





domingo, 9 de fevereiro de 2014

Poema da Entrega (2)


Teus olhos mostram
Um mundo que eu quero ver
Tua mão conduz
Uma dança que eu sei resolver

Tuas palavras são minhas
Os meus lábios são teus
Teu caminho é incerto
Assim como o meu.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Poema da Entrega (1)


Lentamente a despia
Saboreando a paisagem
Me descobria

Por anseio ou devaneio
Perdi minha razão
Me encostei entre teus seios
E lá se foi meu coração.