Eu trouxe minha alma desorientada, virada do avesso até aqui pra dizer que
eu não sinto muito.
Que meus olhos não são só meus, são de todos que eu visito. É estranho,
mas é minha verdade.
Um mundo se encontra em mim, mas eu não me encontro no mundo.
Visitantes, ora infinitos, se vão, e se tornam parte de mim. Às vezes me
esqueço, busco lá dentro, e um sentimento que não é meu me invade e
eu transbordo em letras, em melodia, em histórias verídicas, nem todas
desse mundo, nem todas no presente, mas em algum lugar, em algum tempo.
Eu sou o momento, eu sou o vento, o infinito da sua memória. Porque
todos serão da minha e eu serei um só, dentro de todos. E todos farão
parte de um ser que neste exato momento, se encontra fora de seu estado.
Não importa quando, quanto, nem onde. Se me encanta, será parte de mim, e ponto.
E exclamações, e interrogações, e ...
Um mundo se encontra em mim,
e lá os raros permanecem voando.
O estranho é novo e a melodia guia o tempo.