Meus olhos não miravam em seu dourado reluzente, nem em suas curvas encantadoras.
Mas sim em seus pés imaginários, descalços e libertos. Esperei que eles se virassem pra mim e me encarassem. Ou por milagre, corressem.
Mas seria esperar demais.
Por um instante eterno, achei que eles parariam e dariam meia-volta.
Mas ficaram tão longe, tão longe...caminhou tão distante, que confundiu o horizonte como parte dele.
Indo embora de mim. Fez-se horizonte, e por fim, sumiu. E levou. Levou o pouco que sobrou.
E então, me desfiz em gotas.
Naquela noite, choveu.
tão lindo, que chega a doer...
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