quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Todo.


O sol ilumina os contornos da memória feitos de pedras e tijolos, enfatizando as cicatrizes da cidade, marcas que envelhecem e nunca morrem.

O mar observa-me de longe, desenrolando as nuances da alma e as fazendo equilíbrio. O mar me toca dentro, criando novas ondas e desvendando os mistérios de sua propagação, expandindo a percepção e sussurrando em meus ouvidos que a refração é uma dádiva necessária para chegar à reflexão.

As areias, que são fartas de pegadas e mostram as mais variadas direções, precisam que as águas do mar interfiram em seu espaço, desfazendo-as e refazendo-as para que nossos pés trilhem novos passos, e que o nosso coração saiba ver que todo caminho é um recomeço.

Um comentário:

  1. As pegadas na areia me refletem minha vida, cheia de marcas de passageiros que nem sempre à ela pertenceram...
    Amei seu texto.

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