quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Carta de Alguém para Ninguém



Infeliz.
Hoje abri meu peito (ou fechei?) pra dizer: Tô infeliz.
Essa vida não é pra mim, não é não é não é.
De uns dias pra cá, de umas noites pra cá, de umas semanas, quiçá meses, ando cabisbaixo, perdido perdido.
Por onde ando é bem difícil achar alguma coisa verdadeira, a maioria se diz ouro, mas só reluz.E por um tempo.
A barba tá por fazer, ando bebendo demais da conta.Da conta de quem? Ninguém tem nada a ver com isso não, oras. Me deixa.Não,não,por favor, não me deixa não.
Meu abrigo eu queria bem assim: Eu, meu violão, caneta e papéis. E filmes. Muitos filmes. Com direito à cobertor e visita-surpresa da meia-noite, pra aqueles momentos que bate em todo mundo mas-a-maioria-tem-medo-de-admitir.
Parece que quanto mais eu tenho paz de um lado, uma guerra é criada em outro.
Quanto mais liberdade de um lado, mas preso me sinto de outro. Tudo bem confuso.
Vontade de mandar quem merece se foder e sair rodando o mundo. Tá,e quem faz isso? Quem saí do sonho? Quem saí desses muros doídos? Quem saí, quem entra quem fica? Nesse vai-e-vem de quem, de alguém, de ninguém.
Caminho louco esse,
cheio de nada, cheio de tudo, farto de tudo,cansado,olheiras,café,cansei.






Carta de Ninguém para Alguém.

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