sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Café






















Lentamente ela caiu.Acendi meu primeiro cigarro,logo cedo.
São oito da manhã,e a chuva não para.Meu olhar está fixo na penúltima
mesa do bar,era ali que ela costumava se sentar,era ali que tomava seu
café amargo,tão escuro como seus olhos.Me disseram que,semana passada,
ao sair desse mesmo bar ela se envolveu em um acidente de carro devido a chuva.
E se foi assim,com a chuva,como a chuva.Não chegava a ser um amor platônico,
eu só queria,sei lá,conversar sobre o vento,o tempo,sobre poesia e amor,enquanto
tomaríamos café amargo juntos.Então eu respiro fundo,e dou minha última tragada.
Me levanto,pago meu café e olho pela última vez a mesa que era dela,agora vazia.
Deixo minhas lembranças ali e vou embora.


Texto feito por Larissa Arruda ( http://lariariane.tumblr.com/) e Lucas Brenelli

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